Cristãos denunciam perseguição na Colômbia após assassinato de família
- 13/01/2025
A Confederação Evangélica da Colômbia (CEDECOL) denunciou a perseguição contra líderes religiosos no país após o assassinato do pastor Marlon Lora, sua esposa Yorley Rincón, sua filha Ángela Natalia e seu filho Santiago Lora Rincón. O crime ocorreu em 29 de dezembro na cidade de Aguachica, quando um atirador em uma motocicleta disparou contra a família, que estava do lado de fora de um restaurante.
Embora a polícia ainda investigue o motivo do ataque, duas hipóteses estão sendo levantadas: uma possível extorsão, já que a família vinha recebendo ameaças, ou um acerto de contas relacionado a uma mulher supostamente envolvida com um traficante. Apesar disso, a CEDECOL apontou a possibilidade de o crime estar ligado à fé evangélica das vítimas, destacando o aumento da perseguição e ameaças a pastores em regiões como Cauca, Bolívar e outras áreas do país.
Em resposta, a entidade enviou um apelo ao presidente Gustavo Petro e à ONU, solicitando medidas urgentes para proteger os líderes religiosos, que atuam como defensores da paz em suas comunidades. O pastor Giovanni Bermúdez, que supervisionava o trabalho de Marlon, relatou que o líder já estava preocupado com ameaças recebidas por outros pastores.
Aumento da violência e apelo internacional
A organização Christian Solidarity Worldwide (CSW) reforçou o pedido de proteção aos líderes cristãos na Colômbia, lembrando que muitos enfrentam intimidações devido ao seu papel de pacificadores em meio à violência de grupos criminosos. Segundo a CSW, líderes religiosos em regiões afetadas por conflitos armados, como Aguachica, estão particularmente vulneráveis.
O governo colombiano anunciou uma recompensa de até 11 mil dólares por informações sobre os suspeitos, cujas impressões digitais foram encontradas na moto usada no crime. O pastor Marlon e sua esposa lideravam a igreja Prince of Peace Villaparaguay Church e supervisionavam 35 congregações na região. Ángela Natalia, filha do casal, era jornalista, e Santiago trabalhava como cinegrafista.
A Defensoria do Povo da Colômbia registrou um aumento de 31% nas violações de liberdade religiosa entre 2023 e 2024, incluindo ameaças de morte, que cresceram 50% no período. O assassinato da família Lora é mais um reflexo do crescente risco enfrentado por cristãos no país.
Com informações da Publicação: "Cristãos denunciam perseguição na Colômbia após assassinato de família" disponível em NT Gospel.